14 maiores temperaturas do estado do Rio de Janeiro

Os últimos anos estão sendo muito intensos com relação ao calor no Rio de Janeiro. Desde 2014, quando começaram os registros de sensação térmica na cidade, os anos de 2023 e 2024 destacaram-se bastante pelos altos números marcados nos termômetros.

A cidade, no entanto, sempre sofreu com as altas temperaturas. Levantamos os dados históricos do Inmet e do Alerta Rio e, entre os maiores registros, há ocorrências das décadas de 1980, 1990, 2000, 2010 e 2020. Ou seja, o Rio é quente há muito tempo. Abaixo, destacamos a lista coma s 14 maiores temperaturas da história do Rio de Janeiro.

BairroTemperaturaData
São Cristóvão44,2ºC11/09/2008
São Cristóvão44,0ºC04/09/2008
Irajá43,6ºC02/10/2020
Guaratiba43,5ºC18/11/2023
Guaratiba43,3ºC02/10/2020
Santa Cruz43,2ºC26/12/2012
Bangu43,1ºC14/01/1984
Guaratiba42,9ºC31/12/2016
Itaperuna42,8ºC18/11/2023
Santa Cruz42,8ºC16/10/2015
Bangu42,7ºC16/01/1995
Bangu42,7ºC30/01/1986
Seropédica42,6ºC18/11/2023
Seropédica42,6ºC09/09/1997

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Diferenças entre temperatura e sensação térmica

A diferença entre temperatura e sensação térmica está relacionada à percepção que temos do calor ou frio, que pode variar de pessoa para pessoa dependendo de fatores como umidade, vento e exposição ao sol.

  1. Temperatura: É a medida objetiva da energia térmica presente no ar. É geralmente medida com um termômetro e expressa em graus Celsius ou Fahrenheit. Por exemplo, quando dizemos que a temperatura está a 30 graus Celsius, estamos indicando a quantidade de calor presente no ambiente.
  2. Sensação Térmica: Refere-se à percepção subjetiva que temos da temperatura, levando em conta outros fatores além da temperatura real. A sensação térmica é influenciada pelo vento, umidade do ar e radiação solar. Por exemplo, em um dia quente e úmido, a sensação térmica pode parecer mais elevada do que a temperatura real devido ao desconforto causado pela umidade e a falta de ventilação.

Em resumo, enquanto a temperatura é uma medida física direta do calor ou frio presente no ar, a sensação térmica é uma experiência pessoal e subjetiva que leva em conta fatores ambientais adicionais que afetam como percebemos a temperatura.

Dicas para não sofre com as altas temperaturas

Para se proteger do calor intenso no verão, é essencial adotar algumas medidas preventivas que ajudam a manter o conforto e a saúde. Aqui estão algumas dicas úteis:

  1. Hidratação: Beba bastante água ao longo do dia para evitar a desidratação. Evite bebidas com cafeína ou álcool, pois podem contribuir para a desidratação.
  2. Vestuário: Use roupas leves, soltas e de cores claras, que refletem a luz solar e ajudam a manter o corpo fresco. Proteja-se também com chapéus de abas largas e óculos de sol.
  3. Períodos de Exposição ao Sol: Evite ficar exposto ao sol durante os períodos mais quentes do dia, geralmente entre as 10h e as 16h. Se precisar sair, procure locais com sombra.
  4. Ambientes Internos: Mantenha os ambientes internos bem ventilados. Use ventiladores ou ar condicionado, se disponível, para ajudar a refrescar o ambiente.
  5. Refrescamento: Tome banhos frios ou use compressas de água fria para ajudar a reduzir a temperatura corporal.
  6. Alimentação: Opte por refeições leves e frescas, como saladas, frutas e alimentos ricos em água, que ajudam na hidratação e são mais fáceis de digerir durante o calor.
  7. Atividades Físicas: Evite atividades físicas intensas durante os períodos mais quentes do dia. Se precisar se exercitar, prefira os horários mais frescos, como de manhã cedo ou no final da tarde.
  8. Proteção para Grupos Vulneráveis: Preste atenção especial a crianças, idosos e pessoas com condições médicas que podem ser mais sensíveis ao calor. Eles podem precisar de cuidados extras e monitoramento constante.

Adotar essas medidas pode ajudar a minimizar os impactos do calor intenso e garantir um verão mais seguro e confortável.

Rio tem 19 áreas consideradas muito quentes

Um levantamento realizado pelo Laboratório de Estudos e Pesquisas em Geografia do Clima (GeoClima) da UFRJ identificou que a cidade possui 19 áreas consideradas extremamente quentes. Conhecido como “Observatório do Calor”, o programa envolve mais de 60 voluntários que monitoram essas regiões, divididas entre bairros como Gávea, Ipanema, Copacabana, Centro, e áreas mais periféricas como São Cristóvão e Complexo do Alemão.

O estudo incluiu medições de temperatura e umidade do ar em diferentes períodos do dia para oferecer uma visão abrangente das condições climáticas locais.

  1. Gávea, Ipanema, Lagoa e Leblon
  2. Botafogo, Copacabana e Humaitá
  3. Gávea, Rocinha, São Conrado e Vidigal
  4. Flamengo, Glória, Lapa, Laranjeiras, Largo do Machado e Santa Teresa
  5. Centro, Gamboa, Praça Mauá, Providência, Santo Cristo e Saúde
  6. Estácio, Maracanã, Tijuca, Vila Isabel
  7. Engenho Novo e Méier
  8. Barreira do Vasco, Benfica, Mangueira e São Cristóvão
  9. Penha e Penha Circular
  10. Cascadura, Estádio Nilton Santos e Piedade
  11. Complexo do Alemão, Engenho da Rainha e Inhaúma
  12. Coelho Neto, Irajá, Madureira 1, Rocha Miranda e Vicente de Carvalho
  13. Bento Ribeiro 1, Campinho, Honório Gurgel, Madureira 2 e Oswaldo Cruz
  14. Ilha do Governador
  15. Curicica e Taquara
  16. Barra da Tijuca e Jardim Oceânico
  17. Bento Ribeiro 2, Marechal Hermes, Vila Militar e Vila Valqueire
  18. Bangu, Padre Miguel e Realengo
  19. Itanhangá e Tijuca

São Cristóvão recebe projeto-piloto de enfrentamento à crise climática

Um estudo coordenado pela Urban Climate, da Universidade de Columbia, testará soluções para problemas climáticos do Rio com um projeto-piloto que começa justamente por São Cristóvão, líder na lista de maiores temperaturas.

“O plano alia conhecimento científico com gestão urbana. O diagnóstico vai indicar, por exemplo, as intervenções necessárias para reduzir riscos de enchentes e medidas para minimizar problemas do microclima, como as ilhas de calor”, explicou ao jornal O Globo a professora Fernanda Lemos, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da PUC-RJ, coordenadora da Urban Climate para a América Latina.

“Outra questão do plano será estabelecer padrões para a implantação de redes de saneamento e drenagem compatíveis com a ocupação dos locais”, acrescentou outra coordenadora da rede, Andrea Santos, professora da Coppe/UFRJ, citando soluções que poderão ser implantadas. Entre elas, técnicas que amenizam o calor, como o uso de materiais específicos nas edificações e a adoção de cores claras, assim como de bambu para ajudar no sombreamento das áreas externas de imóveis.

Caio Chagas de Assis

Sou jornalista e banguense. Nesse blog, tenho como objetivo escrever e organizar informações na internet sobre o bairro de Bangu e a região da Zona Oeste do Rio de Janeiro.

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