A Liga Independente das Escolas de Samba do Grupo Especial (Liesa) divulgou sua decisão sobre os recursos apresentados pelas escolas Acadêmicos do Grande Rio e Unidos de Padre Miguel referentes às notas do Carnaval de 2025. Segundo comunicado da entidade, o regulamento, o estatuto e o manual do julgador não preveem a possibilidade de questionamento das notas atribuídas pelos jurados.
Mesmo assim, as escolas recorreram, mas tiveram seus pedidos negados durante reunião interna realizada na última terça-feira (18). A Unidos de Padre Miguel, rebaixada para a Série Ouro, argumentou que sua avaliação foi prejudicada por problemas no carro de som, que não seriam de responsabilidade da escola. A agremiação solicitou ao Conselho Deliberativo uma Assembleia Geral para tratar do caso, mas a Liesa manteve sua posição de não reverter o rebaixamento.
A Grande Rio, que terminou o Carnaval na segunda colocação, também contestou algumas notas recebidas, mas teve seu pedido igualmente indeferido. A Liesa reforçou que as notas dos jurados são definitivas e que não há previsão no regulamento para reavaliação.
Além das decisões sobre os recursos, a Liesa anunciou que quatro camarotes foram multados por ultrapassarem o limite de volume permitido durante os desfiles. Entretanto, os valores das penalidades não foram divulgados pela entidade.
Dessa forma, a Liga manteve a classificação final do Carnaval 2025, reforçando o cumprimento das normas estabelecidas para o julgamento das escolas de samba e a organização do evento.
Passadas duas semanas do último dia de desfiles, o presidente da Liesa, Gabriel David, divulgou um balanço de seu primeiro carnaval à frente da entidade. Entre os pontos destacados, ele reconheceu falhas no som da Marquês de Sapucaí, o que impactou diretamente o desempenho da Unidos de Padre Miguel. A escola alegou que enfrentou uma falha técnica de 17 minutos no sistema de som durante seu desfile, prejudicando sua apresentação e contribuindo para seu rebaixamento.
Além das reclamações da UPM, a questão do som também gerou polêmica para a Acadêmicos do Grande Rio, que perdeu um décimo no quesito bateria devido à baixa captação dos curimbós. O impacto dessa nota foi decisivo para a escola terminar na segunda colocação, um décimo atrás da campeã Beija-Flor. Diante dessas questões, Gabriel David afirmou que a melhoria do som da Avenida será a “grande prioridade” da Liesa para o Carnaval de 2026.
Outro problema recorrente apontado pelo presidente da Liesa foi o vazamento de músicas dos camarotes para a pista, o que também influenciou a experiência do público e das agremiações. Como medida corretiva, quatro camarotes foram multados por ultrapassarem o volume permitido, e Gabriel David prometeu mais fiscalização no próximo ano para evitar que esse problema se repita. A meta é garantir que o Carnaval seja um espetáculo sem interferências externas que possam comprometer a apresentação das escolas.